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Pároco Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA.


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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

VIAGEM FREI ALFREDO PARA ITÁLIA - EDITORIAL

PAPA FRANCISCO – CATEQUESE SOBRE A UNIDADE
Caríssimos confrades, irmãos e irmãs, saudações em Cristo Jesus
A vida cristã não é e não poderia ser uma experiência privada da fé. Aliás, a vida cristã é contrária à toda e qualquer falta de abertura para o outro. O fato de sermos cristãos nos impulsiona e nos projeta para a cultura do encontro, como diz o papa Francisco.
Aliás, este pensamento que partilho com todos os nossos paroquianos e leitores deste Teodrómos é fruto do encontro com o papa nestes dias em que estou aqui na Itália em missão, ajudando em nossas paróquias inacianas. São três paróquias: Nossa Senhora da Paz, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Santa Luzia. Estou, portanto, trabalhando, mas também realizando alguns passeios quando há possibilidade.
Apesar de já ter estado em várias oportunidades no Vaticano,  e também na audiência pública com o papa Bento, agora pude ter a maravilhosa experiência de ver e ouvir o nosso papa Francisco, juntamente com milhares de pessoas vindas dos mais diversos países do mundo.
Esta é, na verdade, uma experiência que sempre me fascina. Pessoas na Praça de São Pedro falando tantas línguas diferentes, tão diferente nas feições e nos costumes, mas que, pela graça de Deus e pela força do Espírito Santo, partilham e professam a mesma fé, ao redor do sucessor de Pedro, o Papa.
Ao ver e ouvir bem de perto o nosso papa pude perceber que o encanto não tomava conta apenas de mim, mas de muitas pessoas e por que não dizer, povos e nações que ali estavam, aos milhares.
 A reflexão do papa foi a respeito da carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 1,10-13.17), que por sinal, também foi lida na segunda leitura do Terceiro Domingo do Tempo Comum:  “Exorto-vos irmãos, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, sede todos unânimes no falar, não haja divisões entre vós, mas estejais em perfeito acordo de mente e de pensamento (...) refiro-me ao fato de que cada um de vós diz: ‘eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, eu de Cefas e eu de Cristo’ (...) mas, por acaso Cristo está dividido”?
Nesta reflexão, como sempre, o nosso papa falou de modo simples, acessível e profundíssimo. Dizia ele aos fieis na Praça de São Pedro naquela audiência pública do dia 23 de janeiro de 2014: “o fato de haver divisão entre os cristãos é um grande escândalo, um verdadeiro escândalo”! Na verdade, o papa estava se referindo, especialmente, às divisões que existem entre as diversas denominações cristãs. Contudo, me veio logo à mente os problemas que causam as divisões entre religiosos de uma mesma comunidade, entre grupos de uma mesma paróquia, diocese, pastoral etc.
É grande o desafio que, nós que professamos a mesma fé, temos para lutar e vencer as divisões entre nós. Elas, na verdade, são fruto de uma fé que não se professa  na prática dos gestos de amor, de tolerância, de acolhida do outro, e não poderiam causar algo diferente da tristeza dos desencontros e até mesmo das violências nas mais variadas formas, infelizmente, até mesmo em nome da fé.
Estive em muitos lugares santos, como não poderia deixar de ser aqui na Itália. Em todos rezei e pedi a Deus para que nós pudéssemos, enquanto comunidade religiosa, paroquial, familiar etc, viver e professar a fé na prática da unidade como tão insistentemente nos exorta o nosso Patrono Santo Inácio, Mártir.
Desejo a todos quantos leem esta mensagem muita paz para todo este ano novo, juntamente com muito boa vontade para lutar e trabalhar pelo Reino de Deus. Que estejamos unidos e vençamos toda e qualquer forma de divisão que possa ser um obstáculo ao trabalho pelo Reino de Deus em nossas comunidades, e que são um escândalo para quem se diz cristão. Fraterno abraço a todos! Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA.











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