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Pároco Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA.


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sexta-feira, 27 de abril de 2012


                                              NO BOM PASTOR! O NOME DA SALVAÇÃO!
                                                   (Liturgia do Quarto domingo da Páscoa)

Estamos no quarto domingo da Páscoa e, domingo após domingo, durante este tempo pascal, somos convidados a aprender o significado da ressurreição e também como se vive a partir do Ressuscitado.  No meu entender, a frase que mais caracteriza essa realidade está no discurso de S. Pedro, na primeira leitura, que muitos hoje veem como politicamente incorreta: “Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos!”.
 Sem dúvida, é uma afirmação forte, como um trovão que sacode e faz tremer! Duas atitudes podem brotar a partir desta afirmação. Ou alguns se levantarão irritados pelo anúncio da exclusividade da origem da salvação, ou outros permanecerão firmes na ansiosa espera por essa salvação. Ao final do discurso cerca de três mil pessoas foram batizadas, mostrando-nos, assim, que quando se fala claro, com franqueza, sem meias palavras e guiados pelo Espírito Santo, os corações se movem. Mas o que significa, de fato, a afirmação no discurso de Pedro?
Em primeiro lugar, significa uma comparação com “outros salvadores”, sejam eles religiosos, políticos, econômicos, ou fundamentados na fama e no sucesso das celebridades.
A verdade do ser humano é que Jesus Cristo é o seu único salvador, porque Ele mesmo é o seu novo nome, dado pelo próprio Pai. Isto significa dizer que somente se e quando o homem direcionar o olhar para o Ressuscitado poderá compreender quem é Deus e, ao mesmo tempo, poderá compreender quem é, bem como qual é o sentido da sua vida!
Trata-se de sair do confronto entre quem discute sobre a fé como se falasse do seu time de futebol preferido, para entrar na verdade de Deus, o que ainda poderia ser um discurso “escorregadio” e, sobretudo, na verdade sobre o próprio homem. E esta o homem conhece muito bem!
A verdade sobre Deus é que a alegria e glória de Deus é ver o homem, sua obra prima, restaurado e pleno de vida. Deus é um Pai bom, é alguém que vive no eterno, capaz de comunicar a Sua própria vida (eterna) aos homens, os mesmos que O recusaram há cerca de dois mil anos, e que, com os seus pecados, continuam infiéis. Esse Pai bondoso e rico em misericórdia, inclusive a essa humanidade que recusa a vida que Ele lhe quer dar, manifesta a grandeza do Seu amor, porque não somente os perdoa, mas reconstrói a integridade da sua vida, como no episódio do homem curado na porta do templo.
É alguém que fez de nós filhos pelo batismo e que está disposto a fazer de nós filhos, todas as vezes que assim Lhe permitirmos; Ele nos faz semelhantes a Ele. Agora o discurso do Evangelho sobre a imagem de Jesus, Bom Pastor, é muito mais clara. Isto é, não apenas uma imagem bucólica, que faz lembrar antigos e românticos sentimentos. De modo algum! Essas imagens publicitárias deixemos com os marqueteiros e publicitários, já que é essa a sua especialidade. Estamos falando de vida real, vida verdadeira!
Assim como o pastor conduz o seu rebanho com o simples som de sua voz, Jesus através de Sua Palavra reúne o Seu rebanho. Ainda é recente em nossa memória o que fez no Evangelho do domingo passado, quando abriu a inteligência dos apóstolos para compreenderem as Escrituras.  O Seu rebanho é composto por aqueles que O conhecem, isto é, O amam porque O conheceram na Sua bondade e, ao mesmo tempo, aprenderam a sair da superficialidade da existência, e já não são desnorteados, como um barco jogado para lá e para, cá embalado por cada vento novo que surge.
O Evangelho chama de mercenários, interesseiros, os pretensos pastores que não agem como Jesus. Trata-se daqueles que não estão preocupados com o rebanho, mas consigo mesmos. Aqueles que não conhecem o Pastor verdadeiro também assim são considerados; como também aqueles que, de fato, sabem onde está a verdade e, mesmo assim, preferem viver na mentira; e aqueles que não têm um nome que seja a referência da sua vida.
É por isso que o nome de Jesus Ressuscitado é o meu novo nome e a minha identidade. É também por esse motivo que sou chamado a viver uma vida nova que se iniciou por um ato de amor, quando Deus me deu a Sua própria vida. Portanto, para corresponder com fidelidade a essa nova maneira de existir, sou chamado a ser fiel e também devo descobrir que devo continuar em mim a obra de Jesus, isto é, doar também a minha vida aos outros.
É claro que isso não se dá do modo violento como se deu a entrega de Jesus. Graças a Deus, neste caso, doar a vida não significa ser torturado pelas forças do mal. Por isso, eu posso ser o Seu rebanho. E por isso também posso descobrir que vou me tornando semelhante a Ele, porque terei aprendido a amar como Ele amou. Destarte, não há nenhum outro que possa me salvar, porque não há nenhum outro capaz de amar do jeito que Ele ama.
A comunidade cristã, isto é, a Igreja, forma o conjunto de pessoas que conhecem a Sua voz, tornam-se rebanho, podem ostentar, humildemente, o nome de cristãos, lembrando o que nos ensina o nosso Patrono e Pai espiritual, Santo Inácio Mártir, que “não basta levar o nome, mas é preciso, de fato, ser (cristãos)”! É dessa forma que esses cristãos, com o seu amor enquanto reflexo do amor do seu Bom Pastor, sinalizam o caminho aos irmãos. É a nova humanidade reconciliada no amor. É coisa séria! Neste domingo o Senhor te chama pelo nome.  Você responderá? A que nome você responderá? Que voz você costuma reconhecer e seguir? Ele, com certeza, reconhecerá a tua voz! (Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA – Superior dos Missionários Inacianos – formador@inacianos.org.br – Website: www.inacianos.org.br).


sexta-feira, 20 de abril de 2012

NA PAZ DO RESSUSCITADO - A CEIA QUE RECONSTRÓI!



(Liturgia do Terceiro Domingo do Tempo Pascal)

Neste Terceiro Domingo do Tempo Pascal a liturgia nos traz uma das primeiras pregações do Apóstolo Pedro, depois da Páscoa do Senhor. No tom de sua pregação é nítida a tensão entre a franqueza e a veemência da acusação que faz aos judeus, e depois, quase uma justificativa pelo modo com o qual ele mesmo e os outros discípulos agiram: “E agora, meus irmãos, eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes”.  
Estas palavras nos fazem pensar que o crucificado nos mostra também do que o homem é capaz de fazer ao seu semelhante. Nas palavras de Pedro está a constatação de que o crucificado denuncia a violência que existe no ser humano, mesmo inconsciente, isto é, quando age na ignorância, e denuncia o que somos capazes de fazer uns aos outros.
O crucificado nos ensina, portanto, quem somos e o que se esconde dentro de cada ser humano. A franqueza de Pedro é capaz desmascarar-nos e trazer à superfície a consciência das possibilidades do mal que também habitam em nós, até mesmo quando o praticamos confundindo-o com o bem e com o que é ético e correto, cegos diante dos nossos limites e erros, mas com a pretensão de saber identificar o mal presente nos outros. Quanto mal a humanidade, no decorrer da história, já cometeu por causa dessa ignorância que cega!
O Evangelho deste terceiro domingo apresenta-nos um Cristo que sempre de novo vai ao encontro dos Seus. A grande diferença na atitude de Jesus é que esses são, justamente, aqueles que O abandonaram, que O traíram. Exatamente! Ele quer encontrar-se com os seus amigos, aqueles que, vencidos pela covardia, o deixaram sozinho nos momentos mais difíceis da sua vida na Terra! Aliás, esta é outra forma de violência sofrida por Jesus! E, no entanto, Ele os procura, Ele se deixa ver e tocar por eles e os ajuda a recomeçar.
Para ajudá-los a recomeçar, é a eles que Ele pede algo para comer, recriando assim, aquele jeito de conviver que havia nos momentos que antecederam à traição e ao abandono. Da mesma forma agora é Ele quem toma a iniciativa, se aproxima e cria ocasiões de reaproximação. Que lição para nós! Além disso, mesmo depois da Páscoa os discípulos ainda são pessoas cheias de medo e de incredulidade.  A resposta de Deus, portanto, à incredulidade e à falta de consciência dos discípulos é oferecida no encontro!
A condescendência de Jesus diante dos seus amigos traidores é, de fato, um reflexo da humildade com a qual Deus, diante do nosso pecado, sempre nos procura novamente e tenta fazer-nos recomeçar o nosso caminho.
A perturbação e a dúvida, misturadas à alegria e surpresa, dos discípulos foram despertadas pelo mistério da ressurreição, mas é também a atitude típica de quem se vê e se sente amado, mais uma vez, inclusive quando não havia correspondido ao amor recebido e mesmo depois de ter traído.
O Mestre reconstitui a comunidade, procurando por aqueles que tinham dito que nunca o tinham conhecido, para não se comprometerem. Deus age assim, e isso provoca dúvida e perturbação, justamente como apresenta o Evangelho de hoje. É a partir dessa perturbação que pode nascer o arrependimento sincero no coração do pecador que descobre que, não obstante o seu pecado e traição, é amado.
Aqui brota para nós uma terceira reflexão. Isto é, para criar a oportunidade deste novo encontro, desta nova ceia em torno da qual pode renascer a fraternidade que foi quebrada, Jesus faz um pedido: “Tendes aqui alguma coisa para comer”?
Jesus pede! O Cristo ressuscitado que doa a vida ao universo, Aquele que está criando o mundo novo, pede algo para comer! Como se entre o ato de doar e o de pedir não houvesse nenhuma contradição, mas pelo contrário, como se ambos estivessem intimamente ligados.
Pedir, nesta perspectiva é ao mesmo tempo também doar! Doar ao outro a possibilidade de fazer-se sujeito do amor. É capacidade de despertar dentro de si a possibilidade do amor. Eu quero dizer: o ato de doar tem a ver com o ato de pedir porque o dom pede para ser acolhido, procura uma “casa”, torna-se um apelo à liberdade e à abertura e aceitação do outro para que o receba. Portanto, o Ressuscitado é Aquele que doa a vida sem limites e Aquele que pede para ser “nutrido” por quem pode acolher, se quiser, a vida que Ele veio trazer em abundância, a todos. Ele é o mesmo Jesus que esteve fisicamente presente e viveu em sua Comunidade na Galileia e na Judéia, e que frequentemente começava um encontro fazendo um pedido. Assim, ele pediu, "dê-me de beber", à mulher Samaritana no poço. Ou então, como disse a Zaqueu, “hospeda-me hoje em tua casa”! Isto é, Jesus continua a agir de modo a fazer-nos compreender que quer que nós O acolhamos, mesmo depois da ressurreição.
Ao mesmo tempo quer nos ensinar que, aqueles que ousam apresentar as suas necessidades diante dos irmãos, sem medo ou sem o desejo de ter que mostrarem-se sempre extremamente fortes a todo custo, são eles que criam e/ou recriam as oportunidades para que o encontro aconteça, superando os fatos negativos ocorridos no passado remoto ou próximo.
Quem partilha as necessidades, ajuda a recomeçar sempre, sobretudo porque “desarma” e desfaz o clima  de prepotência e de poder, possibilitando assim, que o outro provoque em si mesmo a abertura necessária para o encontro e, com o encontro, o recomeço!
Aprender a arte de doar juntamente com a arte de pedir, do amor que procura o seu equilíbrio na espera da resposta, nos permite fazer uma experiência pascal autêntica na trama das nossas relações, sejam elas quais forem, com a paz do Ressuscitado, numa ceia que nutre e reconstrói!. (Frei Alfredo Francisco de Souza, SIA – Superior dos Missionários Inacianos – formador@inacianos.org.br – Website: www.inacianos.org.br).

quinta-feira, 19 de abril de 2012

BATIZADO NA PARÓQUIA SANTA LUZIA EM 15/04/2012






















O ANO VOCACIONAL NA SEMANA SANTA

O ANO VOCACIONAL INACIANO - PRESENÇA DOS OBLATOS  NA CELEBRAÇÃO DA SEXTA-FEIRA SANTA




NA VIGÍLIA 





O ANO VOCACIONAL INACIANO - ENTREGA DA ORAÇÃO DO ANO VOCACIONAL NA MISSA SANTOS ÓLEOS NA CATEDRAL DO ESPÍRITO SANTO




O ANO VOCACIONAL INACIANO - PRESENÇA DOS OBLATOS  NA PROCISSÃO DO ENCONTRO 






O ANO VOCACIONAL INACIANO - NO DOMINGO DE RAMOS







O ANO VOCACIONAL INACIANO - PRESENÇA DOS OBLATOS  E FRATERNIDADE INACIANA NA ENCENAÇÃO DA PAIXÃO DE CRISTO NO PARQUE VITÓRIA RÉGIA









O ANO VOCACIONAL INACIANO - A CHAMA É ACESA NA MISSA DO SÁBADO SANTO - O FOGO NOVO 





O ANO VOCACIONAL INACIANO - DOMINGO DE PÁSCOA A COMUNIDADE RECEBE MENSAGEM DE FELIZ PÁSCOA.



JESUS RESSUSCITOU!
    SENHOR, RESSUSCITE VOCAÇÕES PARA A IGREJA.

Tema: “Senhor, desperta agora minha vocação para ir ao teu encontro!”

Lema: “Para que todos tenham vida em abundância”. (Jo 10,10)
Feliz Páscoa! 2012